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Identificação das crenças que mantêm o hábito de fumar

Fumantes diferentes fumam por razões particulares, consomem quantidades desiguais de nicotina e experimentam sintomas de abstinência distintos.
É fundamental a compreensão de que cada fumante desenvolve uma relação específica com o cigarro, sendo que os motivos que levam cada uma a manter o hábito variam de pessoa para pessoa.

Durante o nosso trabalho de aconselhamento na Clínica de Recuperação Fiori, um dos focos do tratamento é a identificação das crenças e dos comportamentos associados ao hábito de fumar e ajudar o paciente a desfazê-los.

Algumas falsas crenças dos fumantes são:

Fumar é meu único prazer!

Muitas vezes o cigarro representa para o fumante uma “válvula de escape”, o momento no qual ele pode fazer o que quiser, e está intimamente relacionado ao prazer. É fundamental identificar outras novas atividades prazerosas que podem ser introduzidas em sua rotina para substituir o velho hábito de fumar.

Fumar ajuda a lidar com o estresse

A maioria dos fumantes relata usar o cigarro para lidar com o estresse e, muitas vezes,acredita que ele possui alguma propriedade química para promover relaxamento. Isso se dá por diversos aspectos, como condicionamento, já que muitos fumam sempre nas situações estressantes. Além disso, a hora de fumar é uma parada no tempo. Nas situações estressantes, propicia um intervalo ao paciente.

Por exemplo: “se ao me aborrecer porque o computador não está funcionando, eu dou um tempo para sair para fumar, isso ajuda a distrair e diminuir meu estresse naquele momento”.

É importante que o paciente tenha consciência de que o cigarro não tem qualquer substância relaxante e que é um objeto inanimado.

Não resolve os problemas, não paga conta, nem faz o trânsito andar mais rápido.

Sem cigarros eu vou passar muito mal

Crenças em relação aos sintomas de abstinência são muito comuns. Deve-se esclarecer ao paciente o que é a síndrome de abstinência, seus principais sintomas, o tempo de duração e os apoios farmacológicos para minimizar a abstinência.

A vontade de fumar não vai embora nunca

Informações sobre a fissura e mostrar ao paciente que vontade é coisa que “dá e passa” são estratégias efetivas utilizadas durante a internação pela nossa equipe para desfazer a crença.

Pergunta-se ao pacientes o que acontece nos momentos em que tem vontade de fumar mas está impossibilitado por algum motivo. Informamos que a fissura do cigarro dura, em média, de 2 a 5 minutos. E quanto mais tempo ele ficar em abstinência menos intensa e frequente ficará a vontade.